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O senhor Jose Marcos da Silva de 64 anos, conhecido como Bin Ladem, um dos moradores que tiveram suas casas demolida,  foi posto a forca pra fora e assistiu a demolicao de sua casa e agora, se abriga, improvisadamente debaixo de duas telhas de amianto, aguardando atendimento e sobrevive gracas a ajuda dos vizinhos da ocupacao.

Mr. Jose Marcos da Silva 64, known as Bin Laden, one of the residents whose homes were demolished, the gallows was put out and watched the demolition of his house and now it houses, improvised under two asbestos tiles , still waiting and survives thanks to help from neighbors of occupation.

Leia e veja mais fotos na pagina “Ocupacao Rua das Flores”

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Reintegração de posse de um prédio que pertence ao INSS que foi ocupado na Rua Martins Fontes, nº180, na região central de São Paulo, na manhã desta terça-feira. As famílias haviam ocupado o imóvel há cerca de 9 meses.

Repossession of a building that belongs to the Social Security which was held at  Martins Fontes street, No. 180, in downtown São Paulo on the morning of Tuesday (September 6). The families had occupied the property for about nine months.

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Vidas Sem Teto. A Arquitetura da Exclusão” é um projeto foto documental desenvolvido pelo fotojornalista Anderson Barbosa que viveu durante 6 anos nas ocupações coordenadas pelo Movimento Sem Teto do Centro (MSTC).
Iniciado nas ocupações, em particular organizadas pelo MSTC, o projeto se direcionou também para outras ocupações e movimentos de atuação no centro de São Paulo com objetivo de dar visibilidade a luta por moradia na região, pelo direito a cidade e a discussão sobre o deficit habitacional, sofrido nas principais cidades brasileiras, agravado pelos processos de gentrificaçao e especulação imobiliária dos últimos anos, que visam apenas a reforma de edifícios potencialmente habitáveis, tornando-os repartições publicas ou simplesmente demolindo para construção de praças ou investimentos privados e empresas, isentando-as de impostos como incentivo ao investimento na região central, em particular na cidade de São Paulo.
O processo de despejos e reintegração de posse em São Paulo, tiveram uma dinâmica acelerada nos últimos 5 anos, sem sequer construções ou investimentos em habitação popular na região para que famílias de baixa renda permanecessem no centro da cidade.
Esta iniciativa, se fosse tomada, reduziria diversos problemas da cidade, bem como inibiria um setor especulativo paralelo na cidade que são as pensões e cortiços, que funcionam como um mercado negro imobiliário, onde famílias vivem em precárias condições, em pequenos cômodos, na maioria das vezes famílias inteiras em poucos metros quadrados, sem ventilação, luz, sofrendo com a umidade além claro, do alto valor cobrado pelos proprietários ou “gerentes” de pensões e cortiços na região.

Por que fotografia de conflito?
Apresentar a fotografia como um espelho dos conflitos enfrentados pela humanidade, no desenrolar de seu processo de evolução é tao complicado quando compreender esse processo em si. Este conflito se da em diversas frentes e não especificamente nos contrastes sociais, comumente usados por grupos de esquerda ou de direita e suas ramificações mais ou, menos radicais, moderado ou não. Se da em sutis acoes do cotidiano que muitas vezes, mesmo nus ao olhos, são desapercebidos por esconderem-se em pequenas coisas do cotidiano. Penso que com a fotografia seja possível desvendar este esconderijo dos conflitos, pois estes encontram-se na alma da civilização e, conseqüentemente, na alma do sujeito que “toca sua vida” da maneira que lhe é imposta, sem criticas viscerais. Apoderar-se deste recurso permitido pela fotografia é crucial na tentativa de desvendar os mistérios, desejos e ansiedades de uma civilização que já não possui referencias e caminha para sabe-se la onde, pois já não temos mais “ícones” representativos de um desejo coletivo. A geração que envelhece hoje, esta viciada em poder e a geração que cresce, esta sem referencia e bombardeada de insignificabilidades que a torna acéfala ao passo que o futuro da civilização necessita de pensamentos férteis para continuar seu curso. E possível com a fotografia, se não desvendar, ao menos contribuir com esta fertilização de novos pensamentos que atribuirão à humanidade, POTENCIA para seguir adiante e recuperar seu local divino de criador??Tento fazer com que minha fotografia evidencie este conflito e que com essa possível evidencia, os rumos possam ser alterados numa perspectiva de criação. Se nada temos, que criemos o que ter

Sobre Anderson Barbosa
Anderson Barbosa é fotojornalista autodidata e tem 37 anos. Vive em São Paulo há 12 anos e vem se dedicando ao projeto “Vidas Sem Teto- A Arquitetura da Exclusão”  quando passou a viver em um prédio ocupado no centro de São Paulo.
Ex- estudante de filosofia, Anderson iniciou-se na fotografia por intermédio de seu padrasto e seu interesse pelo fotojornalismo surgiu logo de inicio, devido seu envolvimento com movimento anarquista e punk. Dai, vem seu maior interesse nos conflitos urbanos e sociais na fotografia, como forma de evidenciar as disparidades sociais e como relação com a cidade e da forma como se vive nela. Anderson, inspira-se em conceitos filosóficos do alemão, Frederch Nietzsche para sua fotografia de conflito, não apontando soluções para o problema, mas tentando evidenciar as contradições existentes no processo de civilização dado até hoje, alem de tentar dizer que o chamado pobre, não deve baixar sua cabeça, mas sim, ser petulante, impor-se enquanto sujeito, como Vontade de Potencia, vontade de vida, não como uma vitima ou um excluído, mas como um espirito forte que se mantem integro. Por isso, Vidas Sem Teto, pois vida, sucumbe qualquer conceito viciado que inspire derrota ou fraqueza.
Atualmente, Anderson Barbosa atua como free lancer  cobrindo cotidiano, politica, economia, alem de conflitos urbanos e sociais